terça-feira, 24 de junho de 2008

Condições Prévias - Inovações Agrícolas


A partir de 1780, não há qualquer país que não tenha levado a cabo a sua revolução industrial sem que a sua agricultura tenha sofrido transformações mais ou menos completas pelo menos nalgumas regiões.
Há, no entanto, zonas inteiras do globo que continuam ainda hoje agarradas a práticas agrícolas tradicionais, com uma estrutura baseada na grande propriedade e em que os camponeses raramente são proprietários do solo que trabalham e que permanentemente lutam por se libertarem do jugo insuportável da miséria e da exploração. São exemplos: a Europa central e oriental, os países mediterrânicos, asiáticos, africanos e ibero-americanos.

É na Europa do Noroeste que se observam as novidades complexas a que se dá o nome de revolução agrícola e que se traduzem por uma clara melhoria da produtividade e da produção. No século XVIII, em algumas regiões do Norte da Europa, particularmente na Inglaterra, verificaram-se importantes alterações na agricultura. Sucedeu-se todo um conjunto de inovações:

  • a prática do afolhamento quadrienal, consistindo na cultura de plantas forraginosas integradas em afolhamentos novos que excluíam o pousio em que o solo, no tempo do repouso, ficava improdutivo;
  • o emprego de técnicas novas: a utilização da marga, mistura de argila e de calcário, para melhorar a qualidade dos solos pantanosos, e a selecção de sementes;
  • a expansão de novas culturas, como a batata, o milho e a beterraba;
  • a selecção de animais e a utilização de algumas máquinas, como o semeador mecânico.

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