terça-feira, 24 de junho de 2008

Aparecimento de Novas Classes Sociais

O novo sistema industrial transforma as relações sociais e cria duas novas classes sociais, fundamentais no novo sistema:

  • Os empresários;
  • Os operários;

Os empresários (capitalistas) são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho;
Os operários, proletários ou trabalhadores assalariados, possuem apenas a sua força de trabalho e vendem-na aos empresários para produzir mercadorias em troca de um salário.
No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários. Para aumentar o desempenho dos operários, a produção é dividida em várias operações. O operário executa uma única etapa, sempre do mesmo modo, o que aliena o processo do trabalho. Com a maquinização o trabalho desqualifica-se, o que reduz o salário. São precárias as condições de saúde, de higiene e segurança nas fábricas. Os salários são péssimos, os horários de trabalho tornam-se sobrecarregados para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado. Em 1842, “miúdas de 5 a 8 anos desciam às minas antes das 4 horas da manhã e só de lá saíam depois das 5 da tarde: em plena escuridão tinham de abrir e fechar as passagens aos operários. Por vezes, um ou outro mineiro dava-lhes um coto de vela” (Jaccard, 1989). Dá-se a desqualificação intelectual do operário. A disciplina é rigorosa e as condições de trabalho nem sempre oferecem segurança.
Surgem conflitos entre empresários e operários, revoltados com as péssimas condições de trabalho. As primeiras manifestações são de depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de trabalhadores da mesma área como resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam gradualmente o direito de associação.
Em 1824, na Inglaterra, são criados os primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional.
Em 1833, os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de trabalho e de vida.
Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864 na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha.

1 comentário:

Unknown disse...

ótimo, ajudou mto, obg